21 de outubro de 2009

Um prefeito visionário

Quem anda pelas ruas do Rio Grande e observa com atenção percebe que a cidade não tem para onde prosperar. Percebe-se um crescimento desordenado. Um trânsito caótico, com soluções provisórias. Falta de saneamento básico. Drogas e violência urbana.

Não há investimento no setor imobiliário. Os imóveis, no Centro, são caros e estão nas mãos de poucos, que não têm interesse em novas construções. Não querem concorrência. Vivem da especulação imobiliária. Assim, os imóveis tornam-se caros para comprar e para alugar.

O trânsito, com o crescimento descomunal de automóveis e motos, com as ruas estreitas e irregulares, estará daqui a alguns anos totalmente impraticável.

Como solução definitiva, de longo prazo, a exemplo do que outras cidades fizeram, vislumbro a construção de uma nova Rio Grande, ou seja, um novo centro da cidade, arquitetado com projetos urbanos que levem em consideração o futuro crescimento da região. Um novo centro da cidade, com menos poluição, com projetos socioeconômicos, urbanísticos, culturais e ambientais, que tragam mobilidade urbana e conforto para a população.

Um local ideal seria entre a Vila da Quinta e Pelotas (próximo ao Povo Novo), com aquisição de alguns hectares de terra (enquanto têm), adquirida por compra ou desapropriação, com recursos a perder de vista, do PAC, de bancos (sociais) nacionais ou internacionais. A curto prazo, com a construção de estabelecimentos públicos, shoppings, supermercados, escolas, bancos, teatros, cinemas, igrejas, praças e hospitais, saneamento, moradia barata, policiamento nas ruas, trânsito ordenado, ruas largas e acesso à educação e à saúde, a urbanização seria imediata.

Para isso, precisamos de um prefeito visionário e de “forças vivas” que pensem no dia de amanhã. Que coloquem o interesse coletivo acima do interesse político, individual. Sob esse ponto de vista, tudo que se fizer sem levar em consideração essas premissas, com soluções imediatas e paliativas, na base do “quebra galho”, estará fadado ao insucesso.

João Carlos Coutinho